quarta-feira, dezembro 30, 2009

Vá lá, parti só 482 pratos.

No dia, melhor que o outro dia, consegui não perder as estribeiras.
Peguei apenas no restinho mais demente de raiva para me livrar das entradas.
Remeti-me à sanidade, tentei ser só normal
e parti uma montanha para me deixar de solidão.

Eles vêm, tudo querem
eu desejo pouca ordem,
mas que desejo passo a pedir
quando as passas me deixarem para te perseguir?

Não quero regras para partir
parto só para não me deixar ficar a fugir.
É. Diz lá.
Vão-te dizer o que fazer para quereres o que quiseres, lá e aqui.

Diverte-me isto de ver.
Não tem piada quando nos vemos.

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Mundialmente famoso.

Adoro pessoas apaixonadas
pessoas que acreditam que tudo dura para sempre
e que não há nada que seja capaz de destronar o amor.

Adoro pessoas que acreditam, que rezam,
pessoas que sabem que quando ninguém lhes atender o telefone
têm com quem contar. Basta falarem para algum lado,
dar uma intenção e voilá.

Adoro que me mostrem que estou errado,
que mesmo com a convicção que consigo
nunca hei-de conseguir.

E adoro ter sempre razão,
mesmo quando sei que te estou a manipular
para cantares a minha canção.

Não se partem mundos por sermos famosos
não conseguimos ser imundos
se estivermos sempre esterilizados.
O que queremos hoje é ser eternos
mas nunca havemos de ter tantas páginas de inferno
no deserto dos actos sozinhos,
no deserto das crenças inexistentes,
no deserto do meu mundo, sozinho,
a morrer de sede, à espera de uma miragem.