quarta-feira, julho 30, 2008

Andamos sempre depressa.

Andamos sempre depressa e não nos esquecemos nunca que andar depressa desfaz a parte que mais nos interessa manter.
Se calhar não é essa mesmo que queremos que seja para sempre útil e fácil mas pretendemos crescer na vontade de conseguir o prazer e liberdade total.
Não o fazemos em nós.
Matamos coisas por serem coisas, destruímos a inutilidade de ser isto só para ser aquilo.
Consumimos todas as substâncias e mais algumas, todas com a ambição de nos fazerem sentir melhor.
Do que precisamos para sermos mais ninguém sabe,
nem a malograda ciência nos dá a resposta ao que queremos saber.

Desculpa todas as vezes que não vi.

Somos nós que vamos em frente. Os que ficam.

sábado, julho 26, 2008

Razão.

Dá-se por demais contente o encanto da outrora vindoura consciência,
não se desliga a casa do vizinho pois esta parece sempre relutante em nos abrir a porta.
QUantos são hoje? Contar os dias de quem me recebe por encanto mágico
é tarefa que deixa qualquer um exausto de tanto querer ver o real que se deixa.

"Vens hoje? Para ver os carros a correr para lado nenhum, deixamo-nos ao desafio de apagar as luzes, que dizes?"

Não se fazem mais lembranças sem a visão de se querer ter o deslumbre,
esquecem-se as entranhas profundas que revoltam o estômago por tão bom se querer intenso.

"Não quero, não vou."

Por demais é demais o demais de se ter demais.
Nunca é o que nunca foi e desliga-se a memória.

Quantos serões mais em breve retorno de tudo que passaste,
os tiques da lembrança moem e moer não é bom.

terça-feira, julho 22, 2008

sexta-feira, julho 18, 2008

Fazer e ocultar.

São várias as formas que se podem dar a algo que queiramos deixar,
não se escrevem oportunidades nas paredes da vontade,
só coisas prosáticas de um outro encanto enfático.

Não sejam de tudo o que foi o vazio que se teve,
dessa tragédia grega e querida para ser sejamos tudo o resto
e deixaremos que tudo jorre, pois daí vem a vontade de mais.

Que mal há em dizer que não se quer?
Que coisas se farão dentro da canção que logo acaba?
30 primaveras para tudo acabar?
O que tem o número 30?
Quando faremos nós desta vontade uma vontade própria?