segunda-feira, maio 30, 2011

Mas de raiva que escrevo e digo.

Bem sei, é terrível.
É terrível ser aqui, um existencial
à beira de um ataque que de nervos só se enerva.
Não importa, porque de cada um nasce o seu
mas o meu é só daqui, para mim, no meu.
Despejo incarentemente, se é que existe encarecidamente.
Invento, faço e desfaço o que quero
para mim, porque é só assim.
Não é permitido abusar nem esfumaçar
senão o que eu quero.
Comigo só se fumam amarelos,
dois cigarros de cada vez,
uma cerveja em cada mão
e o whisky, para dar tesão.
Não te cales e cala-te para sempre
eu não quero ouvir nada senão o que eu digo
o que eu conto e o que eu sigo.
É só meu, meu e meu.
Hei-de ficar doente pelo que sou,
demente.

Não me escrevas porque depois da noite só quero o cheiro
aquele entranhado, cheio de tudo menos do contra, a meio.
Escreve-me vírgulas e monta, só.
Eu leio o resto, no meio do sexo e do exercício do meu dote destro.
A comer é à esquerda, mas a foder é em frente.
É sempre pela frente, que me fodem e me querem.
Sirvo de tudo,
sou como uma multifunções.

Quero multifunções para uma só coisa:
Amor.

domingo, maio 29, 2011

Se eu soubesse.

Se eu soubesse não dizia
Se eu soubesse não fazia
Mas tudo o que eu queria
Era mais do que se desejaria.
não há uma coisa que não se tenha
Nos desejos estranhos do que se entranha
E melhorar uma outra idade
Não é mais que mudar de cidade.
Ele diz que nem tudo se vê
Querer o demais é exigir coisas a três
E ela ir-se de isenção
Perdoa-se aqui
Mas noutro espaço...

sábado, maio 28, 2011

Pois.

Olha, é como se sabe.
Um dia diferente do outro,
mesmo quando os sinto todos iguais.
Acho que estou doente
ou se calhar é só por ver doentes.
Não sei. A televisão devia estar desligada mais tempo
o computador parece sempre o mesmo
jogos e vitórias
perdas e ganhos que em nada se assemelham à realidade.
O que me pergunto é 'onde está a verdade?'
Será que existe aqui algum fundo de verdade?
Pouco importa.
Por dia trocamos mil imagens
dentro de mensagens
e no fim só interessa que saibamos
o que não sabemos
porque ninguém se esconde atrás da verdade.

segunda-feira, maio 23, 2011

Auto-motivação.

Os re's são sempre os mais importantes.
Na revolta revê-se o mais importante motor da mudança
No retorno a principal fonte de motivação (triste)
No que se dá para se receber (o conceber seja mais importante)
Torce-se o que não interessa.
Nunca se dá para se receber
E se o é (como eu o sei)
O mundo é pequeno
Pequeno da sua pequenez
E mais não sei.

Dizemos tudo. Somos os maiores.
Falamos, contamos, perdemos, e reescrevemos tudo o que nos apetece
Porque o que importa é crer, fazer crer
O resto? O resto morreu.
Ou se arrasta um monte e se dá em troca ou o monte não se arrasta.

Por isto saudamos os 60. Sem saber tudo se moveu, ao amor livre.
Mas pinta-se a manta da desgraça
Da realidade pútrida e destruída
Das mentes insanas
E quantas mentiras mais quisermos sobre a verdade de uma outra coisa
Maior.

Admito que não sei falar de nada e que a voz que me deram
É apenas a voz de pouca significância
Mas ainda é bom ser inocente e ingénuo no dar sem pensar no que vem de volta
No ser tudo o que o mundo não é (senão em alguns).