sexta-feira, outubro 28, 2011

Minúsculos.

É que são pequenas, as coisas que nos fazem perder
é que são eternas as canções que pequenas nos fazem querer
e mais é só tamanho, no detalhe tamanho de poder mudar,
é que hoje não mudo, hoje não quero
amanhã é que é tudo e o relevo detenho.
Se em mim se partem posições
tudo de mim se dá, nas situações
e os que sabem mais do que o que sabem
não o sabem e escondem-se
defende-se nos quadrados
perdidos e achados
retidos
amén.

Múltiplos rasgos
sumidos estados de ninguém
e outrora dúbios na certeza de saber
começam os espaços escuros e perder só a correr
Mas que mal tem?
A certeza que se tem?
Num período que nós damos
um retiro de centenas de milhar de anos
fazem mais do que somos assim, aqui em mim
porque o mundo é que se desdobra
em sentidos de pele de cobra
que sai e acaba mal
te vejo a sair.

Minúsculos pedaços de si.

segunda-feira, outubro 03, 2011

Vendedores.

Qualquer coisa serve.
Digam-lhes o quê.
Seja noite ou dia
para agora ou depois
todos vendem o que querem
a nós os dois.

Não lhes chega o que nós temos
nem tão só o que nós somos
cobram tudo e levam tudo
em nome da virtude.

Organizam-se em buracos
fazem deles incríveis braços
alimentam as famílias
cobram mil pelas mobílias
Não me mintam.
Há os que são.
Não me mintam.
Errados ou não.