quarta-feira, janeiro 31, 2007

O guardanapo afinal nao disse nada.

O Sam the Kid irrita-me.

Sempre perguntei coisas a coisas. Desta vez fiz-me indecente do espaço e perguntei.
Não disse nada, porque a pergunta desdenhou o aceno da cabeça.
Fiz-me inteligente e ambicionei.
Já não consigo cantar como antes.
Agora, vejo e quero outra coisa, quando me esqueço da que tenho.
Não gosto de pensar que não sou ninguém,
mas penso que sou alguém para além de mim.
São coisas que se obturam.

Gostava de me instruir uma vez mais e outra atrás daquela mais
tal como quando não conseguimos largar a relação que tivemos
e continuamos a ter o mesmo acto durante horas a fio.
É subliminar a mensagem do que fazemos a nós próprios
mas fazemo-lo.
O frio fez-me pensar mais naquilo que não está a mais
mas também endurece as pedras do caminho com camadas de gelo fino.
Assim que parte vê-se o interior desfeito de uma pedra que rebolou do cimo da montanha para estar ao nosso nível subjugado.

No entanto o Sam the Kid até tem coisas boas. É pena.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Vejo tudo pelo meu binoculo.

Olha olha, outra vez a passar. Espetar coisas coisas coisas.
Olha olha, e agora andar.

Toca aquela que eu gosto.

Não! Não! Não!

Vejo tudo pelo meu binóculo, ou será monóculo?

Reclamas todos os dias pelo que tens e pelo que não tens
e eu vejo tudo pelo meu binóculo, ou será monóculo?

Não não não, não se faz isso.

Continuo acordado até de manhã.

Vou agora... procurar o cheiro de de manhã?
Retrata os simpósios de olhares abstractos. Escreves para soltar o que?
Para te prenderes mais.

Não fales mais para ti próprio na segunda pessoa, na segunda pessoa,
que nem alguém que tanto populariza a sua canção.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Blocos de Cimento parte dois.

Passei as horas da utilidade sempre a fazer o que a inutilidade manda.
Não irei desdenhar o que quer que seja
passei as horas da utilidade a perder tempo com a inutilidade.
Foi assim e assim é, a utilidade mantém-se na minha própria inutilidade.

Eu tenho tudo tudo, tudo o que quero.

Foi assim e assim é, a utilidade mantém-se na sua própria inutilidade.
Eu quero a paz à qual me dei sempre e quero-a de volta,
quero-a de volta com toda a sua decência de ser indecente quando me apetecer.
Não quero que venha tudo ao de cima como se quisesse ficar sempre lá em baixo.
Quero que cada coisa esteja no seu lugar,
a loucura, a tristeza, a alegria, e os momentos,
cada um no seu lugar.

São só blocos de cimento que me acertam na cabeça, blocos de cimento que
se amuralham à minha volta.

sábado, janeiro 20, 2007

Se eu te vejo mais um dia rebento por não te querer ver em todos os dias que te quero ver.

Hoje é um dia,
um dia como os outros todos.
Disserto sobre a qualidade de isto ser um dia,
um dia que se desmancha como tantos outros.
Os meus dias reflectem-se,
Deito-me de manhã
acordo ao fim da tarde.
Canso-me de tanto descansar.
Dias e dias e dias e mais coisas para mim.
Deito-me outra vez.
Ora da insatisfação tenho toda a satisfação.
"Foste tratado por um psicólogo ou por um psiquiatra?"
"Por nenhum"
"É que ela é psicóloga..."
Basta que o calor se sinta
aquele que nós nunca falamos dele porque simplesmente sabemos que está lá,
é isto, é isto.
Não adianta convenceres-te, não adianta, simplesmente não adianta.
Não adianta sentires, somente sentires não adianta
porque não adianta pensares, somente pensares não adianta.
Não gosto, não gosto quando me olham de lado
e quando eu sorrio por me olharem de lado.
Não gosto. Não gosto de ter medo por ser simplesmente covarde.
Tantas coisas já fiz que não fiz coisa nenhuma.
Sim, eu vivo dentro do cliché,
dentro dele somente.
Não quero.
Qual é a exacerbância dele? "Sentir tudo de todas as maneiras?"
Para quê? De que adianta dizerem-nos os caminhos? De quê?
Falar de amigos, ai os amigos, os meus, são os melhores.
Não se veja luzes a piscar, não se pegue mais na relutância
vamos.
Eu não vou por ir vou só porque vou e porque quero o não querer ir.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Estúpido.

Sou algo que não se lembra daquilo que é quando faz e quando é.
Escrever é uma forma de despejar tudo que se quer despejar mesmo quando não se tem nada para despejar.
Sou rídiculo todos os dias quando me tranformo e recorro aquilo tudo que não sou.
Sinto-me fraco inútil e absurdo se não me iludo com traços daquilo que nunca dou.
Deixei as pessoas pensarem e fiz com que acreditassem em tudo e mais algum
mas a força que me move está escondida e não diz nada nem faz mal nenhum.

A PORRA DESTA MERDA QUE SE DESLIGA ENQUANTO SE ESCREVE.

Podia ser um computador a crashar quando temos que trabalhar.

A PORRA DESTA INUTILIDADE QUE SÓ NOS USA ENQUANTO NOS PASSAMOS.

Afinal somos mais, simples robots novos de tudo mas controlados à farta
mas ao mesmo tempo somos mais,
peças importantes dos jogos dos outros.
Somos mais, nem que seja por sermos nós.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Recriar.

Fazer de novo, querer outro, querer mais.
Destroçar espaço lembrança e os demais.
Elogio.
Descarna o elogio.
Lembra-te da tragédia e do desafio.
Recriar.
Os amigos são os nossos e estão cá.
Recriar.

Por entre a porta podes ver que não percebes,
não consegues entender que deslizas no sentido oposto à direcção do sentido.
Ela chama-se, tem nome, o oposto do oposto do sentido é o sentido a seguir.
Reconheça-se, estão todos bêbados, até eu.
Ok, agora não.
Reconheça-se, tenho medo.
Porque tenho, porque sim, porque me doem os braços de escrever nesta posição.

Orgulho-me de mim, orgulho-me de mim orgulho orgulho orgulho.
Sou a sombra do que é meu e vi aquilo que não irei ter nunca mais porque não estou a pensar nisso eu nunca penso nisso eu nunca quero isso e eu nunca me calo minto todos os dias nãoqueroquemevejasnãoqueroqueteapagues.

Eu sou isto, aquilo, o outro.
As pessoas são abraços, sorrisos, felizes.
Eu sou eu.
Eu conheci-te e tu sorris dentro de mim.
Eu não quero nada de nada para não ter nada.
Hoje sou só eu eu eu eu, e tu.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Um tipo de depressao.

Estados, daqueles de espírito
renovações, mudanças
tal qual se faz nas casas
levar sacos sacolas e saquinhos,
tudo às costas.
Não ter dinheiro para a empresa das mudanças,
içar o sofá pela varanda com a carrinha do amigo,
arranjar esquemas e esquemas para fazer caber o armário na porta.

As mudanças de casa são tão parecidas com a vida que até assusta.

Mudança mental

que se foda

Mudança sentimental

já foi?

vou arranjar dinheiro e contratar alguém.