terça-feira, abril 29, 2008

Demência.

Não há cura para a sanidade que temos que ter todos os dias,
desculpa mas não há,
vai à merda mas não há!

Aquele cenário das cenas bonitas encenadas no espelho do meu olhar,
sim, apenas do meu olhar, não o vejo com outros olhos.

Não é agora altura de passar e passar ao lado de dar, lá.
Posso desmontar cada coisa que aches, cada uma delas e ainda assim sair a ganhar,
mesmo quando perco,
não deixo de ganhar quando perco.

Reluz a relutância de requerer passividade mental e, nunca.

Isto um dia vai-te calar, vai, vai.

Quando outrora me julgava leve e forte, capaz de recortes de tiradas de sonho,
me desmonta a mesa do entrave e me apresenta a tristeza do fado que se conhece.
Mas não, isto no que retém, esmorece.

segunda-feira, abril 14, 2008

Não, não não.

Sim, vou.
Só quero saber daquilo que me faz feliz.
Sim, vou.
Não me digas que não.
Sim, é isso mesmo que eu quero.
Já deitaste tudo a perder,
desculpa, fui eu.
Mas se já o fiz uma vez quero ter a oportunidade
de o fazer de novo.
Não julgues que me hei-de cansar
porque eu vou, lá ter.

Não me lembro se alguma vez fizeste com que
eu mostrasse o melhor de mim
mas tu parecias mais bonita que nunca
que pensamento egoísta preciso eu mais?

Eu hei-de ir, não, desculpa
a resposta é,
sim vou.

domingo, abril 13, 2008

Olha.

Afinal gostava de saber mais acerca daquilo que nunca tivemos,
viver num passado qualquer de torção doentia.

Olha, afinal até queria saber mais sobre aquilo que demos,
se não deste coisa nenhuma eu só daria, apatia.

Mas afinal vens ou não?
Não havemos de querer ser nem doutores nem engenheiros nem advogados,
que raio de gente há neste mundo afinal?

Olha, não me deixes a falar sozinho
nem me perguntes nada,
não quero falar agora
nem outrora houve nada
só quero ir embora daqui,
construir um pouco do que dei de ti
a outras
sem nenhuma paixão
sem nenhuma intenção
não culpando o que fiz por não ter feito
porque tudo direito
só no mausoléu
do céu.

quarta-feira, abril 09, 2008

A noção de alguma coisa é como a noção de nada.

Há em si a confusão implícita de não saber exactamente quantos tem.
Há já em si a confusão que não quer ser vista como tal.
ALgo se adiciona à mente e ao corpo,
trocam-se as variáveis e ouve-se estranhezas muitas de tudo.
Não há uma variável sequer que seja considerada
porque não interessa,
nunca se sabe do que se fala porque quer-se fugir a tudo,
não há sequer uma vontade de entendimento voluntária.