segunda-feira, maio 30, 2011

Mas de raiva que escrevo e digo.

Bem sei, é terrível.
É terrível ser aqui, um existencial
à beira de um ataque que de nervos só se enerva.
Não importa, porque de cada um nasce o seu
mas o meu é só daqui, para mim, no meu.
Despejo incarentemente, se é que existe encarecidamente.
Invento, faço e desfaço o que quero
para mim, porque é só assim.
Não é permitido abusar nem esfumaçar
senão o que eu quero.
Comigo só se fumam amarelos,
dois cigarros de cada vez,
uma cerveja em cada mão
e o whisky, para dar tesão.
Não te cales e cala-te para sempre
eu não quero ouvir nada senão o que eu digo
o que eu conto e o que eu sigo.
É só meu, meu e meu.
Hei-de ficar doente pelo que sou,
demente.

Não me escrevas porque depois da noite só quero o cheiro
aquele entranhado, cheio de tudo menos do contra, a meio.
Escreve-me vírgulas e monta, só.
Eu leio o resto, no meio do sexo e do exercício do meu dote destro.
A comer é à esquerda, mas a foder é em frente.
É sempre pela frente, que me fodem e me querem.
Sirvo de tudo,
sou como uma multifunções.

Quero multifunções para uma só coisa:
Amor.

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