Diga-se que não se diz nada e que se faz por aqui o que nunca se fez por lá.
Diga-se que não são escassas as lembranças de tudo que foi bom.
Diga-se que as pessoas são boas e que gostam de nós mesmo quando não somos nada.
Diga-se que há mais do que o que vimos e menos do que queremos.
Venha-se agora aqui e diga-me tudo que quero ouvir.
Desliga os passos que se fazem.
Não fui, não gosto.
Sempre gostei de tudo, diga-se isso, sempre gostei de tudo.
Mas agora? Agora?
Agora parece tudo bem mais fácil e bem mais difícil,
desmedido em dualidades que se dividem em trialidades
que por sua vez se subdividem em quadrialidades
e por aí fora.
Personalidade múltipla? Quem são os verdadeiros doentes?
Diga-se por aí que o mundo está mais saudável que nunca e sim,
diga-se que sempre foi doente!
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