quinta-feira, novembro 09, 2006

Diga-se.

Diga-se que não se diz nada e que se faz por aqui o que nunca se fez por lá.
Diga-se que não são escassas as lembranças de tudo que foi bom.
Diga-se que as pessoas são boas e que gostam de nós mesmo quando não somos nada.
Diga-se que há mais do que o que vimos e menos do que queremos.

Venha-se agora aqui e diga-me tudo que quero ouvir.

Desliga os passos que se fazem.

Não fui, não gosto.

Sempre gostei de tudo, diga-se isso, sempre gostei de tudo.

Mas agora? Agora?
Agora parece tudo bem mais fácil e bem mais difícil,
desmedido em dualidades que se dividem em trialidades
que por sua vez se subdividem em quadrialidades
e por aí fora.
Personalidade múltipla? Quem são os verdadeiros doentes?

Diga-se por aí que o mundo está mais saudável que nunca e sim,
diga-se que sempre foi doente!

Sem comentários: