É por amor ou por vontade?
Pedaços pequenos de humanidade
envoltos em pertenças duma cidade
dentro de todos.
Ficamos presos a outra ideia,
que o que nos dá prazer nos remedeia
o sentido de ter um outro
no motivo de querer um outro
E esta cidade que prende
o amor que a todos rende
desapaixona qualquer um
e se na certeza de uma outra noite
vires o que é teu de açoite
perde-se o fino de mim
eu que sou uma outra entranha
preso espaço, presa tamanha
não fui eu que o vivi
por isso liga o amor às máquinas
prende-o na eternidade
desfaz o fim de verdade
ou o pouco que resta de ti
a levar porrada é mais duro
o que prende cá fica contra o muro
e para que amor se dê agora
ou perdes tudo ou vais-te embora.
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