Há dias em que os pensamentos nos martelam,
martelam-me / nos a cabeça sem parar,
não fazem mais nada.
Estar, não estar, ir não ir não faz qualquer diferença.
Perdemo-nos nas explicações dos diálogos e na perdição de sermos qualquer coisa que não somos.
Criar é ir e respirar, cria-nos tudo e mais.
Posso sentir agora tudo sem sentir nada porque isso faz de mim um homem melhor.
Porquê ter medo de dizer amo-te quando o que se vai deixa-se no que se vem?
Há 500 factores que podia esmiuçar delicadamente
mas deixar-me à indeferença de mais um copo
produz em mim um efeito de sedução relutante.
Cala-me duas vezes e se não chegar não me cales mais.
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