quarta-feira, agosto 06, 2008

As lojas dos mil ofícios.

Visitei, outra vez, quinhentos espaços que me lembravam de ti,
explorei as entranhas dos sonhos e disse-me forte o suficiente para continuar a tentar.
Não, advérbio de negação.
Disse-me forte o suficiente para não voltar a tentar.

"De onde vêm estas coisas que me berram aos ouvidos?"

Os corredores eram mais estreitos do que o que me lembrava,
não havia tralha alguma que me impedisse a passagem à minha ida,
mas no caminho do volta só por sorte consegui evitar ficar preso
no meio de pilhas e pilhas de recordações.

As vontades são apenas coisas, como mesas e cadeiras,
as vontades são como cervejas servidas em pequenos copos de plástico,
as vontades são como os cigarros,
acabam depressa.

Emoções, sentimentos, ilusões, vermes pestilentos.
Não me vou fazer mais ou fazer mais alguém ou dizer mais algum.
Vou o que sou não sou e não dou, não é mais nada, nada de nada.

Ora, acabou.

Não se diz mais o que fazer a seguir.

Acabou.

Somos os passos que se dão a seguir.

Acabou, a indecisão acabou.

E agora não há mais nada a seguir.

Acabou.

Talvez...

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