quinta-feira, julho 12, 2007

Durante meses fui aquilo que sou sempre.

Gosto da redundância de ser só um espaço entre buracos de querenças absurdas.
Palavras que se traçam em cima dos depósitos estranhos das lembranças que escusas
de dizer agora que sabes que me vais querer como queres todos os dias.
Não desejo ficar aqui nem nunca como quando te vi pela primeira vez.
Desdenho-me à lembrança, auguro pela esperança de ser só mais um feto.
As plantas dizem que sentem, os buracos que nunca mentem e de lá sair é ultraje.
Quero o espaço que me dê vida, não ficar mais sem saída e o resto é o que me cale.

Não me calo outra vez se a vida se fez dura.
Se dura é e me mata porque não deixar acta para que o próximo me desminta?
Quero filhos avós e netos, desgraças cheias de insectos e ritmo de canções de amigo.
Não me lembres espaços escuros, buracos de nove parafusos e línguas que não conheço.

Eu hei-de desbobinar as i wish and as i want
if you're pleased and toutched by it please SHUT THE FUCK UP.
CALA A PUTA DA TUA BOCA SE TE CABE MELHOR ASSIM,
mas foderem-me em qualquer língua é levar um bocado de mim.

Vem-se a discussão orgásmica de lembranças e distancias parvas:
"Tenho a melhor vida do mundo"
"Tenho o melhor que a vida me deu"
"Sou feliz, sou europeu"
"Assino o protocolo de kioto"
"Sou estranho, sou absorto"
"Sou um bandalho que não se aguenta"
Não não, não haja enganos é sério
it's a serious fuckin' thing,
it's like wanting just sight in my ring
the tree that holds life in my pleasure
Não quero outra que me feche a porta.

Fossa.

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