Não consigo cansar-me de pensar nas voltas,
que se dá no carrinho de mão,
que se fazem de pão em coração,
as voltas de acordar e deitar e trabalhar
e acordar e trabalhar e sorrir e chorar
e tornar a amar para depois gritar e berrar
sem parar.
Não consigo parar de pensar nas voltas.
Os desejos, as considerações,
querer outras horas,
desejar outros corações.
Não consigo parar de pensar nas voltas.
Vêm eles todos, hoje,
elas todas hoje,
dormir aqui, comigo.
Não param as voltas,
os dias das revoltas,
os anos e as pontas soltas
que um dia hei-de atar.
Não consigo parar de pensar nas voltas.
Sem comentários:
Enviar um comentário