Acerca de nada, que isto é.
Acerca de que é que nos podemos cercar?
Acerca de nada, isto é.
Uma vírgula e um passo,
um padeço retiro de um pequeno maço,
em rima.
E se sair de cima?
Perderam-se as luzes porque eu só sinto dor.
O que sinto é talvez a dor de poder
e não poder tentar o que é algures uma dor.
Não há como parar de pensar
o mundo a deslocar-se devagar
e tudo à volta estranho, a parar.
Talvez um estupefaciente qualquer
a dor perdida de uma mulher
a parar, a fazer parar e calar, devagar.
Não há uma frase, um deslize, um descase.
Escolher e decidir, sem olhar para trás
é como esquecer e partir
o terrível acto de abandonar.
Morrer, calar, talvez tudo junto a tenir
e o que se espera do mundo
é que nos deixe sóbrios, a rir?
Ébrios? Bêbados? Talvez a passar o de vir
e a gritar o polir
e a amar o de ir
com si, sem mim e a gostar de sorrir
preso enlace
começo de espaço
braço e embaraço
e outra vez a rir
no clássico fulgor
de partir
e vir
e ir
para lá
de cá
amanhã
e hoje
querer
um molde
e que me deêm folga
para amar
agora
e hoje
poder
sem pejo
amar e dar
falar arcar
dois
um
zero.
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