A inutilidade do ser podia saber
que não é aqui que se fica a querer.
Não se deseja, porque desejar é forte
querer é mais importante que a morte.
Migalhas dos restos miúdos que ficam
e parte do simples é tirar os que mentem
e mintam-se as partes que se querem para lá
escolher as palavras é moda que não se me dá
Arcaico poveiro, querente ralé
deixa-se o dinheiro, vou-me embora a pé
se o copo deixar ainda faço uma amiga
deixem-me lá ficar, é só um pouco de comida.
E ele diz e ele quer e ele vai e ele vem
e ela parte e ele fica e ao que sabem é mais ninguém
e o amor que nunca acaba acaba sempre por acabar
e eu tenho uma bisnaga e talvez tenha que a usar.
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