É, às vezes apetece-me insultar toda a gente
como se fosse senhor detentor do poder de o fazer
e ninguém vê.
É, pois é, às vezes apetece fechar-me num casulo que me diga só onde estou
e depois pego na minha cabeça e pressiono-a até a sentir.
Bah, discursivo, plausível, coerente mas sempre doente.
É uma distinta distinção ver o que se vê
esta destruição.
Quero escrever mil anos de história por dizer
porque história que temos cá dentro, se pudessemos só descrever
um pequeno recanto da mente
teríamos mil anos de história por desvendar e ensinar aos que virão
como não lhe ensinamos eles vão, partem e destroem.
É uma verdadeira despojante sentida
relutante descida para um abismo que já só se quer.
Sentimo-nos mal pelos outros ou por termos medo que nos aconteça a nós?
Recomeça.
Fala fala fala.
Pára.
Vai atrás.
Desliga a tv ou liga-a para entreter.
Calo-me.
Fecho-me.
Pergunto só para mim.
Não vou ver espaços.
Cansei-me e amo tudo sem ver.
Tanto de tudo.
Tanto por tudo aqui.
És. És aqui em mim.
És. És aqui em mim.
És. És aqui em mim.
És. És aqui em mim.
Uma frase, uma.
É, as coisas ficam e nós lidamos
se formos capazes
mudamos.
Gostava tanto de pedir um desejo a uma estrela.
Elas ouvem-me, como me ouvem
e tu também me ouves
e eu também lá vou
"despreza o que eu sou / põe e dispõe de mim".
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