terça-feira, novembro 06, 2007

Nada, não é nada.

E enquanto se desfaziam pessoas em pequenos recepientes eu repetia:
Nada, não é nada.
E mesmo quando essas pessoas ainda falavam de pequenos pedaços de vida que ganharam e desperdiçaram eu dizia:
Nada, não é nada.
Há muitas maneiras de nos destroçarmos,
de desfazermos outras coisas em coisas nenhumas quando queremos só mostrar o nosso afecto.
Vivemos confundidos de ilusões macabras impostas por um desenvolvimento psicosocial
que eu, honestamente, não entendo.
Pensamos que somos nós, correctos e atentos e não vemos coisa nenhuma,
nem sequer quando está em frente ao nosso nariz.
Despejamos canções e palavras de amor e amizade,
de desejos escondidos e latentes,
tentamos tudo e mais alguma coisa
e tudo se resume ao "Mateuszinho",
o homem que gostou da mulher que toda a gente achava horrivel
e que hoje passa horas a fio a conversar com ela de mil e uma coisas.

Somos ricos sabes? Somos muito ricos.
Temos música que nos enche os ouvidos,
sorrisos em todo o lado,
podemos abraçar toda a gente
e reconhecemo-nos como mais que simples coisas.
Somos muito ricos mesmo que nunca tenhamos poiso certo
Somos muito ricos...

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