A estrada faz com que sintamos o peso das pernas.
Recorremos a tudo quando o medo invade a presença do próprio querer.
Nunca mais hei-de ser o que um dia quis.
Chavões, palavras e cifrões.
Vida.
Alguns sabem bem do que falam outros nem por isso.
Quanto vale a sinceridade de uma lágrima?
E quanto o vale o que se quer outra vez sem querer?
De rasgo em rasgo se fazem as vontades,
e não há maneira de negar,
não há maneira de negar que o que se faz é por se querer.
Não tenho mais forma de te dizer como errei,
nem sequer a mim próprio.
Quero declamar a vida,
que se foda a poesia,
vou declamar a vida partida aos bocados
de lembranças quebradas e desejadas.
Sou só mais um que diz coisas e coisas.
Tu não.
Estou a perder a vontade de ter esperança
quando me farás tu céptico?
Quero alegros e pianos
tu não sabes como o quero.
Nem eu.
Parte-se a vida, parte-se o dia, parte-se a noite
partes tu tudo em estilhaços.
Sem comentários:
Enviar um comentário