sexta-feira, novembro 02, 2007

Refúgios Instantaneos.

Os buracos também servem para se usar.
Não começa da melhor maneira mas os buracos servem para se usar,
para nos metermos dentro deles e nos escondermos durante tempo indeterminado.
Hoje não sou capaz,
se não sou capaz não sou capaz, não há mais conversa.
Hoje amanhã e depois tiro férias de tudo,
e se me apetecer tiro nos outros dias todos também.
Não posso.
Bom, mas posso viver na minha pequena redoma sem que ninguém me toque.
Também não posso,
mas não importa, há-de haver um momento qualquer em que eu não queira tocar em ninguém,
aí há-de ser tudo melhor,
descansado no meu canto sem que ninguém me possa perturbar, liberdade absoluta!
Até que me apetece a mim tocar em alguém.
Ok, esta não é a melhor solução,
admite, admite que não é - não é!
Sei que viro as costas vezes demais
e que me perco em simulações vezes demais
e que temo tudo vezes de mais
e que quero tudo vezes demais
e é tudo demais e eu não aguento mais.
São passos que se dão, desvios que se fazem,
vá, sê corajoso o suficiente para te aguentares no teu caminho,
mesmo se te distraem a tempo inteiro,
se te gozam e te espezinham
ou se és tu que fazes isso tudo a ti próprio,
ganha corajem!
Cresce porra!

- Não brinco aos adultos já disse.

Querem-te bater, fazer de ti parvo, dizerem-te o que hás-de ou não fazer.
Queres ser melhor, mais capaz e eles querem sempre que tu sejas apenas um normalzinho.
É isso, há uma nova raça, os normaizinhos, querem todos ser diferentes e cool
e são normaizinhos.
Eu sou uma pessoa normal, todos os outros são loucos da cabeça.
Eu sou uma pessoa normal, normal repito!

Deixa-me tu a mim, tu que és eu, para que eu me possa deixar deixado.

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