quarta-feira, outubro 03, 2007

Outras são as mesmas.

É um pouco a mania do ciclo que se arredonda na minha cabeça,
das noites que se passam sem se querer dormir,
não por não se conseguir
mas por não se querer.

Não estamos bem em lado nenhum nem com ninguém,
conversamos e encolhemos às evidências das descrições mais rocambulescas.
Ter alguma coisa pode ser o mesmo que não ter nada,
ter uma relação pode ser o mesmo que ter muitas ou não ter nenhuma,
é uma simples obsessão, chata e aborrecida,
obsesão de estar constantemente a criar um problema inexistente.

E os que existem?
Os que existem são demais para serem tratados.

DIgo, é mais fácil achar que não tenho nada
pois não há pânico maior do que:
"e que mais haverá para fazer agora?"

Repare-se em quantas vezes vamos e vimos daquilo que queremos?
Quantas vezes no vamos e quantas vezes nos vimos?
Quantas relações? Quantas situações?
Vamos pensar que não aproveitamos nem metade,
que não queremos nem que se deseje à vontade.

Não interessa, nada disso interessa enquanto não me disseres que o amor não existe
e mesmo que digas eu não vou acreditar.
É daqui que vem o ciclo, do querer, da ignorância,
do despotismo. Não!
Vais dizer algum dia? Pelo menos outra vez?
Diz-lhe! Diz ao psiquiatra que foste tu que me deixaste doente,
diz-lhe que eu sempre fui assim,
diz-lhe que todos os dias te pergunto a mesma coisa.
Se não quiseres dizer ao meu diz então ao teu!
É trendy ir ao terapeuta,
todos queremos estar em Nova Iorque em alguma altura,
todos queremos ser outra coisa diferente em todas as alturas,
mas nós somos qualquer coisa que nem sequer percebemos,
de uma grandeza igualável ao mais supremo de tudo que se possa imaginar,
estamos como o Bill Gates está para a Microsoft.

À merda com isto sabes?
Foda-se, se te deixasses de coisas
para aqui a pairar.

Olha, olha, olha: não adianta, está tudo bem.

1 comentário:

Rufy disse...

Confesso que a tua escrita é um pouco complicada... mas depois de ler e reler mais uma vez, acabo a perceber.

*