Todos ordeiros, um atrás do outro.
Não há ninguém no lugar do passageiro.
Só eu e os cigarros de sempre.
Uma curvatura estranha que se assemelha ao revigorar do que me reluz aqui.
Há uma conformidade absurda em não nos conformarmos,
uma conformidade de achar que a única forma de não nos conformarmos é
conformando-nos.
E caí.
É como quando um matulão nos faz peito e sabemos que vamos cair a qualquer altura.
Braços para trás, para amparar a queda e os olhos que só se fecham no instante em que batemos no chão.
Tudo o resto vemos.
Quem nos bateu, quem vem para cima de nós para nos continuar a bater.
E a opção é nossa, ou reagimos e tentamos ripostar
ou iniciamos uma violência redobrada
na culpa de não termos a estrutura física de quem veio para cima de nós.
Ainda assim podemos perder.
Ainda assim certamente sairemos bem partidos,
mas ripostamos.
Sem comentários:
Enviar um comentário