sábado, julho 29, 2006

Interessa?

A memória move-se com intenções claras
fazer-nos lembrar daquilo que queremos.
Não interessa absolutamente nada sofrermos com as recordações
não interessa absolutamente escondermos as emoções.

Vamos das duas voltas à mesa.
Volta de onde partiste.
Quero-te chamar nomes para que me ouças.
Tu nunca me ouves.
Nem que me peças desculpa mim vezes eu vou conseguir controlar isto que cresce em mim.
E se é ódio?
Já senti tantas coisas mas ódio?
De onde vim eu afinal?
Já não se resume tudo a estar horas fechados num quarto
a que fases estranhas somos nós submetidos?

Podia amar desmesuradamente e sorrir de cada vez que via um sorriso.
Podia ser parvo e estar sempre feliz.
Podia ser parvo e tar sempre triste.
Podia viver na miséria da destruição precoce.
Quando é que eu vou ver?
Aceitar viver, amar sem ter medo de perder nada!

Apetece-me escrever até não ter mais força
visto que faço tudo desta maneira
até que se esgote a energia
e a energia parece esgotar-se vezes de mais
abandonada do corpo
abandonada de tudo
só a intoxicação resolve
o quê?
Quantos passos interessam se nada disto se liga?

Recuso-me a aceitar que não sou eu
recuso-me a deixar que isto não se torne meu
aquilo que eu sou
e isto sim interessa!

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