segunda-feira, julho 24, 2006

O verso

Sinto-me outra vez pequeno
dentro de uma inferioridade
algo que me deixa para além da certeza de não querer
algo que me prende ao que organiza o meu ser

Quero deixar que as palavras saiam
só que saiam.
O meu cérebro terá que parar
o meu coração terá que parar
tudo terá que parar
mas eu vou continuar
como, para quê e com que sentido?
Nunca me farei ou deixarei sentir
agora.
agora.
agora.
agora.
agora.
agora.
agora.

Não me deixo de mim porque sou eu
Eu quero ir contigo se me deixares
Quero poder dizer que já vou quando me chamares
e ligar preços de chaves que me abrem estas novas tendências
de displicências.

As vontades?
Onde estão as vontades?
Onde está a necessidade?

Sonho contigo todas as noites
em verso.

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