quarta-feira, julho 26, 2006

La vou eu.

Não vi um único espaço que não me perturbasse.
Não vi um único espaço que não me perturbasse.
Estes espaços fazem-me mal
dizem que a obsessão nos pode levar
dizem que o espaço que damos nos podem deixar
perdidos.
O que dizem eles não me interessa
isto que sinto cá dentro
é tão real que deixa de o ser.
Cilindraste-me, outra vez.
No que escrevo no que dou,
cilindraste-me outra vez.

Fiquei outra vez inebriado
e nem sequer sei o que isso quer dizer.

Ao mar olhei tempos que me pareceram não acabar
só para afagar uma dor que não sei onde está.
Tentei procura-la só para ser capaz de te dizer
e tornei a não dizer
disse-o depois, sem perceber.

Deixaste que tudo ficasse frio,
deixaste que tudo ficasse vazio
mesmo quando eu me senti capaz
mesmo depois de sempre me achar capaz
deixaste que isso passasse ao lado.

Eu sei que fez clic
eu sei que algo mudou
mas logo mudou outra vez.

Posso ficar por cima
mas deixo-te ficar por cima
porque no sexo alteramos o que queremos
inventamos o que queremos
no amor somos simplesmente dizimados
para crescermos.

Estarei bem quando estiver bem
porque agora lá vou eu outra vez
para o meu mausoléu.

Sem comentários: